estando numa ilha, a ilha é forma inacabado, círculo não fechado. mesmo que se inicie a viagem num ponto rigorosamente geométrico, kandinskiano - interior|exterior, a chegada a esse ponto - exterior|interior, nunca é uma sucessão de pontos iguais: o caminho relevado, conta-nos sempre uma história diferente. o ar que se respira num ponto não é nunca o mesmo que no ponto anterior ou no seguinte. mesmo na dureza, que pensamos ser a monotonia da passagem do tempo, igual pela ocultação da diferença da respiração, pelo entropeço da obrigação de não sentir, está sempre uma variação desconhecida, se, nos proporcionarem a possibilidade de podermos pensar, e pensando, esforço necessário, sentirmos que não existem ilhas. a água é matéria que nos suporta para podermos caminhar, as ondas rebentadas voltam diferentes contendo elementos anteriores, mas outras. as núvens são ondas que rebentaram e suavemente subiram para carregadas baixarem num outro ponto contendo partículas dos anteriores. somos sempre o outro, não podemos ser ilhas.
era bonito que este espaço de tempo que por aqui ando, ouvisse menos vezes - não há almoços grátis! o que ganho com isso?
Sem comentários:
Enviar um comentário