"... faltam-me as vísceras de fora quando as palavras se deixam antever. " in Memórias Internadas

17.6.09

.

Tu, Eu
um gesto, outro, o mesmo
tocas-me, anseio
sinto-te, desvaneço
toco-te, abres
como a terra que desconheço
e o mar
Respiramos o mesmo ar
por quatro narinas juntas,
lábios selados

continuo a não saber nada
.
A solidão - a que fere os ossos e carnes restantes, ausente de palavras ditas, verdadeiramente afectada pela ausência da pele - não é escolha!!! É o que deixamos que seja, é o que deixam que aconteça, é o que esperam perante a invisibilidade da vida. O resto, são inconfidências maltratadas no confessionário das boas vontades flutuantes, agradável horizontalidade.