O FUTURO OUTRORA ( a; - g; )
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Ouves o desconcerto: essas aves rasgam o sangue
que as inventa e cantam roucas, crocitam e grasnam
ásperas o amargo e doce crepúsculo da manhã
que outra vez no teu corpo nasceria.
Ouves também esse verão antigo. E depois
escutarás a estação que traduz as coisas
para mais perto do seu nome
e abre a árvore ao claro incêndio das suas aves.
Folheando-a, a mão do mundo
dobrava a noite que entrava
enquanto o mar descia o amor até aos corpos
e isso era durante séculos uma enseada clara.
MANUEL GUSMÃO
A Terceira Mão
CAMINHO 2007 . poesia o campo da palavra
Palavras estarrecedoras de bela!
ResponderEliminarSe me permites, vou levá-las...
Bom ano!
bom ano, Malena!
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