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por traz dos olhos
fundo onde permanece
a reserva de favos
que o fogo impetuoso
ainda não destruiu
resiste a cera que suporta
o mel cristalino e puro
que vou tragando
que dissonância
sobreponho ao indecifrável
timbre que me arde e rebenta
de não ouvir tocar em movimento
que cedo afirmei
que dissonância impiedosa
me troca o tempo que atiro
como se ontem fosse dúvida
que não devia existir
e que dissonância soa
quando o pólen incandescente
que é a norma iniciática
está em face de moldagem
e arrefecimento consistente
que a raridade me faz perceber
que a excepção confunde a regra
tenho que engolir as palavras
que o mel me dá
e beija-las quando os lábios
se encontrarem na rua escolhida
certa pelo fuso e hora
que podem não ser
descongelo o meu tempo
que nada frio dissone a essência
inquestinável
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