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a posta bosta à mesa
desce paredes estomacais
e nem finas bocas
se recusam ao manjar
são cifrões reluzentes
que sorrisos tapa olhos
envolvem em dias de feiras
todos os actos são fogueiras e vaidades
e a posta espalha-se
vaporosa cheirosa
filigrana cuidada
por novas mesas adornadas a ouro
a prata sobre azul é tão bonita
e fica muito bem em bosta
e é arte damas e cavalheiros
mostrada para cachorros frios
arte cobiçada arte amada
arte muito dinheiro mercado camas nomes
é arte
é a arte narrativa da feira fogueira
da narrativa da arte necessariamente verificável
é a arte rica novidade novidade
velha a cair de nova
volta Piero, Manzoni nisto
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