O espaço, que ninguém pode desenhar, porque é imperceptível como
meio e origem dos nossos gestos e da nossa permanente habitação, é
o fundamento absoluto do nosso ser temporal e da nossa continuida-
de de sempre recomeçada. Se essa coordenada da nossa existência vacila,
perde-se o equilíbrio essencial e a nossa relação viva com o mundo
torna-se impossível e insustentável. Por isso, a construção será uma
construção do espaço com todas as aberturas necessárias para que a
orientação vital se assegure nas grandes linhas das paisagens e nas
passagens que serão as órbitas suaves e frementes de imprevisíveis
astros.
O Aprendiz Secreto
António Ramos Rosa
UMA EXISTÊNCIA DE PAPEL
edições quasi
edições quasi
António Ramos Rosa me é um espanto a cada leitura. Um prazer a cada palavra lida. Um mestre que tenho cultivado com carinho ultimamente.
ResponderEliminarEsse texto é incrível e merece várias releituras.
abraço.
Raul, desejo a ti, teus familiares e todos os visitantes do teu blog um Feliz Natal. Aproveito para informar que dia 02 de janeiro estreia Urbanascidades 2012, igual mas...diferente.
ResponderEliminarPaulo Bettanin.